Um vídeo expôs a depredação perpetrada por caçadores no rio Uruguai, na área de Saltos do Yucumã do Parque Estadual do Turvo. Camuflados sob falsos uniformes oficiais das Forças de Segurança, observa-se que os caçadores se gabavam de fugir dos controles da Gendarmaria, Prefeitura e Guarda-parques da área brasileira do Rio Uruguai, infringindo as leis ambientais. Por fim, foram identificadas 6 pessoas e dois barcos apreendidos em uma operação conjunta entre as forças de segurança dos dois países.
O evento foi gravado na terça-feira e o vídeo rapidamente se tornou viral nos grupos do WhatsApp. As autoridades ambientais brasileiras confirmaram o fato, tomaram conhecimento da situação, e em conjunto entre a Polícia Ambiental e os Guardas-Parques realizaram ontem uma operação que resultou na identificação de seis pessoas que faziam a exploração ilegal do recurso e dois barcos foram sequestrados.
"A equipe de fiscalização do Parque Estadual do Turvo, através dos seus guarda-parques, agiu imediatamente após ter conhecimento do ato criminoso, conseguindo identificar as pessoas, numa operação que contou com o auxílio de outras forças de segurança e instituições de proteção do ambiente para a identificação de pessoas" , confirmou uma fonte.
"Foi possível identificar o barco e prender um dos ocupantes suspeitos, enquanto continuam a busca por outras duas pessoas identificadas", disse.
Desse modo, iniciaram os rigorosos procedimentos de responsabilização das pessoas e das sanções administrativas e criminais decorrentes da investigação.
Do lado brasileiro, também lamentaram a circulação pública do vídeo, pois "afeta a investigação de outros crimes, porque essas pessoas que operam ilegalmente se cobrem, têm apoio das duas margens do rio Uruguai, e por expor publicamente o caso dificulta o acompanhamento, encobrem as provas contra essas pessoas ".
A realidade é que existem muitos caçadores ilegais na costa do rio Uruguai em ambas as margens, e os controles precisam ser reforçados para proteger a área da presença de crimes ambientais cometidos na área de fronteira e do conseqüente impacto gerado pelo ecossistema natural do área e o consequente desequilíbrio ambiental.
O rio teve uma seca acentuada durante vários meses, e quando chove com a intensidade das últimas semanas e o volume de água aumenta, o rio fica turvo e os peixes sobem à superfície. É por isso que a pesca com rede é predatória nessas circunstâncias, explicaram os guardas florestais locais.
"A operação foi realizada em conjunto com as forças de segurança da zona de fronteira dos dois países, incluindo a área de Ecologia do Parque Provincial de Moconá, que apoiaram a prisão de pessoas envolvidas em crimes ambientais", afirmam fontes do Parque Estadual de do Turvo.
Fonte: Misiones Online