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O protesto, segundo os organizadores, será realizado de forma pacífica e com acompanhamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com bloqueios temporários e intermitentes para evitar maiores transtornos à população.
Desde fevereiro, agricultores vêm pressionando o governo federal pela adoção da securitização como forma de aliviar o endividamento crescente no campo, agravado por questões climáticas, queda nos preços agrícolas e aumento dos custos de produção. A medida permitiria que os produtores renegociassem dívidas em condições mais favoráveis, garantindo maior fôlego financeiro para manter suas atividades.
O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira. De acordo com estimativas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o setor deve representar 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024. Embora esse número seja ligeiramente inferior ao registrado em 2023, a contribuição continua expressiva.
Além do impacto direto no PIB, o agronegócio é responsável pela geração de milhões de empregos e é um dos principais motores das exportações brasileiras, com destaque para produtos como soja, carne e café.
A cadeia produtiva do setor é ampla e envolve desde a produção primária até a agroindústria e os serviços especializados, formando uma rede essencial para o desenvolvimento econômico do país.
Os organizadores do protesto não descartam novos bloqueios caso as negociações com o governo não avancem. "O setor está sufocado. Sem apoio real e medidas concretas, muitos produtores podem não conseguir seguir na atividade", afirmou um dos líderes do movimento.
A expectativa é de que o ato chame a atenção das autoridades e da sociedade para a urgência de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do campo e à sustentabilidade financeira dos produtores.
Alguns trevos no Rio Grande do Sul já foram bloqueados nesta quinta-feira.
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