Servidores públicos estaduais realizaram, na tarde desta terça-feira (3), uma manifestação pacífica pelas principais ruas do centro da cidade. A mobilização reuniu trabalhadores de diferentes categorias do funcionalismo gaúcho, incluindo professores, agentes da segurança pública e representantes sindicais, em protesto contra a política salarial do governo de Eduardo Leite (PSD).
Com faixas, cartazes e um carro de som que conduzia os manifestantes pelas ruas, os servidores exigiam reajuste imediato e reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos anos. De acordo com os organizadores do protesto, a atual política de congelamento e atrasos nas reposições salariais tem gerado descontentamento e desvalorização das categorias que mantêm os serviços públicos em funcionamento.
“Chega de promessas e demagogia. O que queremos é valorização real, com salários que acompanhem o custo de vida. O governador precisa parar de pensar em seus interesses políticos e olhar para os trabalhadores que sustentam o serviço público”, afirmou uma professora da rede estadual durante o ato.
Entre os manifestantes, também era forte a crítica à possibilidade de Eduardo Leite disputar novamente cargos de projeção nacional, como a presidência da República, enquanto, segundo os servidores, ignora as demandas urgentes da base estadual.
A caminhada seguiu de forma ordeira por diversas vias centrais de Santo Ângelo, atraindo olhares de comerciantes e da população que circulava pela área. A manifestação foi acompanhada por membros de sindicatos e entidades representativas, que reforçaram a necessidade de mobilização permanente até que o governo apresente uma proposta concreta de recomposição salarial.
Reivindicações
As principais pautas dos servidores incluem:
Reposição inflacionária das perdas acumuladas nos últimos anos;
Valorização dos salários de base;
Cumprimento de acordos firmados em gestões anteriores;
Respeito aos planos de carreira das categorias.
Governo do Estado
Até o momento da publicação desta matéria, o governo do Estado ainda não havia se manifestado oficialmente sobre o protesto realizado em Santo Ângelo. Em declarações anteriores, o Executivo estadual defende que tem adotado medidas de austeridade fiscal para equilibrar as contas públicas, o que limita a concessão de aumentos salariais.
A manifestação em Santo Ângelo se soma a uma série de protestos que vêm ocorrendo em diversas cidades do Rio Grande do Sul, reforçando a insatisfação generalizada entre os servidores com a condução da política de pessoal do governo estadual.
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